Clínica Cemel

Obesidade

Hoje, mais da metade dos adultos brasileiros têm obesidade ou sobrepeso, segundo dados do IBGE , para ser mais exato 56% . Um estudo feito em 2024 apontou que, se nada for feito, 48% dos adultos brasileiros (com mais de 18 anos) viverão com obesidade e outros 27% estarão com sobrepeso, totalizando 75% dessa população.

Recentemente houve uma publicação feita por uma Comissão sobre Obesidade Clínica formada por 56 especialistas de todo o mundo , onde eles defendem uma reformulação no diagnóstico de obesidade . E uma das propostas desse grupo é que a definição de obesidade não deve mais depender somente do “ famoso “ IMC – índice de massa corporal . Eles enfatizam que é necessário as medidas da gordura corporal – a chamada composição corporal – para evitar o risco de classificações incorretas de obesidade . O IMC não exige uma medida direta de gordura , sendo incapaz de mostrar sua distribuição ao redor do corpo e de fornecer informações sobre a doença de forma mais individualizada . E um exemplo disso seria de que nem sempre pessoas com excesso de gordura corporal têm um IMC que indique obesidade . 

Outra proposta feita por essa comissão seria uma classificação da obesidade em duas categorias : uma chamada de pré-clínica e outra de clínica . Na obesidade clínica , como o nome próprio já diz , há uma associação de sinais e sintomas de prejuízo no funcionamento de órgãos ou de redução na capacidade de realizar atividades diárias ( como tomar banho , se vestir e etc ). E na pré-clínica , o indivíduo não apresenta nenhum tipo de doença , mas tem uma maior chance de desenvolver a obesidade clínica , além de outras doenças como diabetes , doenças cardiovasculares e etc . 

Portanto essa nova proposta coloca a obesidade no centro , não apenas como um fator de risco , mas como uma doença base para o desenvolvimento de outras complicações , como se ela fosse a “ mãe de todas as doenças ‘’ !